Olá Galera,
Pedro era quase como um irmão para Juan, ambos se conheciam há muitos anos e eram inseparáveis. Os dois estavam na mesma escola e na mesma classe. Quase sempre que haviam trabalhos, os dois o faziam juntos.
Um dia, a professora de Ciências passou uma tarefa bastante rara, mas bem interessante. Os alunos deveriam trazer várias amostras, de diferentes tipos de terra seguindo o seu nível de profundidade, guardando em bolsinhas a terra de cada cinco centímetros vasculhado. Como era de costume, Juan e Pedro se juntaram para trabalhar juntos. Na verdade aquilo era a desculpa perfeita, para ambos conseguirem permissão de seus pais para ir no bosque, que ficava aos arredores da cidade.
Uma vez ali, decidiram não adentrar demais, para não correrem o risco de se perderem; não seria a primeira vez que um excursionista, de pouca experiência, tinha se perdido ali, em alguns casos com um funesto resultado. Marcaram com um giz, todas as árvores em que tinham passado, para não se confundir no caminho de volta e começaram a adentrar no bosque, bem mais que o combinado, se emaranhado na grande massa de árvores. Até que chegaram ao um ponto claro, que chamou atenção.
- Este lugar é perfeito para começarmos a escavar, não vamos estragar as raízes das árvores; sem falar que essas pedras parecem um lugar ideal para sentarmos quando bater a fome de um lanche - Disse Juan.
- O lanche é melhor comer enquanto escavo, por que não quero sujar minha camisa nova - retrucou Pedro com uma voz consentida.
- Façamos uma coisa, comemos agora e com a barriga cheia, nos jogamos de cara na tarefa! - disse Juan que tinha fome a quase uma hora.
Depois de quinze ou vinte minutos de brincadeiras e risos, terminaram o almoço. Juan sacou uma moeda:
- O que perder começa, de dez em dez minutos trocamos de turno. Não vou partir minha coluna por causa da bruxa da ciência! E também não vamos enterrar nada, cinquenta centímetros de profundidade, já é muito!
- Se prepara para perder! - disse pedro enquanto tirava da mochila as ferramentas de jardinagem, que pediu emprestado para seu pai.
Juan perdeu o lançamento, um pouco contrariado começou a procurar um lugar onde pudesse começar a cavar. Viu um monte de cogumelos roxos com pontos brancos, todos crescendo juntos no mesmo lugar. Aquilo liberou um comportamento infantil, como se os cogumelos indicasse que houvesse algo estranho debaixo deles:
- Vou guardar um pouco desses cogumelos para a bruxa! Com um pouco de sorte serão venenosos! Hahahaha! - disse enquanto colocava na bolsinha um pouco de amostra da terra da superfície.
Quando colocou a mão na terra, sentiu um calafrio, começou a sentir medo e se levantou rapidamente:
- Tenho muito frio! Aqui é o lugar mais frio em todo o bosque! - gritou para Pedro.
- Ah vá! Tá bom, você está em um lugar maldito e está cavando onde existe um fantasma! -disse Pedro ridicularizando seu amigo.
Juan para se fazer de valente continuou cavando e colocando as amostras nas bolsinhas. Enquanto isso Pedro olhava a paisagem e jogava futebol com um pedra:
- Olha! - gritou Juan, quando fazia alguns minutos cavando. Pedro foi correndo ver o que Juan havia encontrado com tanta exaltação. Era uma boneca torta, loira de uns trinta centímetros. Ao olhará um enorme percorreu sua espinha e o nojo andava em seu pescoço como uma enorme centopéia com afiadas e grotescas patas:
-Creeeeedo! Solta isso! - disse enquanto jogava longe a boneca que Juan erguia.
Juan parecia perdido e soltou quando viu o mesmo que Pedro; vermes, enormes vermes brancos. Se contorciam dentro da cabeça de plástico da boneca, se agitavam como possuídos e começaram a colocar a cabeça para fora, pelo orifício onde um dia esteve o olho faltante da boneca loira, que ainda mantinha a roupa que lhe cobria, em um branco impecável:
- Mas quando a desenterrei, estava boa e até parecia que sorria para mim.
O único olho que a boneca ainda possuía era inquietante, era enorme e com a parte branca pintada de preto com uma íris pintada de roxo, com uma diminuta e demoníaca pupila.
Quem era o doente que tinha enterrado uma boneca torta? Por que os vermes se concentravam na cabeça da boneca? Será que o frio que Juan sentiu era real?
Os dois meninos assustados saíram correndo de lá, com a sensação que p único olho da boneca estava olhando para eles. Pararam algumas vezes, para que Juan pudesse vomitar, coisa normal se pensarmos que tivesse pegado sem querer naqueles vermes. Mas ao chegar em casa, Juan continuou a vomitar e seu rosto tinha ficado de um tom amarelo pálido.
Os amigos pensaram que iriam se recuperar, mas não foi isso que aconteceu. Com o tempo Juan foi ficando cada vez mais pálido, magro e débil. Tinha o aspecto daqueles doentes terminais, que levam anos lutando contra a doença em hospitais. Os médicos não conseguiam diagnosticar sua doença. Uma semana depois de desenterrar a boneca, Juan morreu.
Desconsolado com a morte do amigo, Pedro não se relacionava mais com os demais. Passava os intervalos das aulas na biblioteca, tentando encontrar nos livros a solução para o ocorrido. Em sua casa devorava avidamente seus livros e nos finais de semana visitava livrarias. Os livros eram seus novos amigos e refúgio. Buscava todas as explicações médicas possíveis, mas os sintomas que Juan havia sofrido eram tantos, que parecia que havia contraído várias doenças mortais simultaneamente.
Um dia em uma estranha livraria, Pedro encontrou na sessão de Esoterismo, um livro de rituais e lendas. Era um livro velho e usado, daqueles que em se encontram mais, cheio de desenhos estranhos, com as folhas cobertas por pó. Ali dizia o seguinte, do lado do desenho de uma boneca igual a enterrada, tirando pelo fato que não estava torta:
"Aquele que tenha um mal incurável, enterra uma boneca igual a essa enquanto entoa essa invocação. Sua enfermidade ficará presa na boneca. Porém o primeiro que encontra-la receberá a enfermidade e morrerá ao menos que faça este ritual".
Tudo ficou claro, os cogumelos, o frio, os vermes. Tudo indicava que a boneca que haviam encontrado era maldita. Uma boneca que por causa de algum pacto de bruxaria, criou uma maldição que condenaria a adoecer o corpo de quem a encontrasse, enquanto curava seu corpo e condenava a sua alma.
Em alguma crenças, o boneco representa pessoas, e podem ser usados para controlar ou amaldiçoar sua vítima. O que o boneco sofre a pessoa escolhida também. Eu particularmente já vi alguns bonecos que foram usados para o bem. Essa lenda deve ter nascido neste contexto.
Fonte: leyendas-urbanas.com. Tradução e Adaptação: Condessa Lua (eu!).
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