quarta-feira, 13 de março de 2013

Voltei para buscar o meu cachorro.

Olá galera,

Bem, essa história eu conheço desde que comecei a gostar de ler, com 9 anos. Minha mãe tinha o livro que continha esse relato, confesso que vários textos desse livro me impressionavam na época, mas com o tempo o medo só se tornou fogo para minha imaginação...
Todo mundo já deve ter visto, aquelas fotos de cachorros, que dormem no túmulo do falecido dono, como na esperança que ele volte para uma última brincadeira. Mas e se eu contasse uma história um pouco inusitada e surreal, de um dono que volta dos mortos para buscar o seu cachorro? 
Então agora, tirem suas próprias conclusões...

Joe Benson, de Wendover, Utah, era um líder espiritual dos índios Goshute. Seu companheiro constante era um magnífico cão pastor alemão, que ele chamava de Sky.
À medida que Benson envelhecia e sua visão ia ficando mais fraca, Sky orientava seus passos e o mantinha livre de perigos. A saúde de Benson continuou a definhar, até que um dia, em fins de 1962, o líder indígena disse a sua mulher Mable que estava prestes a morrer. Ela avisou os parentes e, pouco depois, eles e os filhos estavam junto à cama de Benson. Mas, como aquelas pessoas já não seguiam mais as tradições indígenas, insistiram para que ele fosse levado ao hospital da cidade de Owyhee, Nevada, nas proximidades. Ignorando os protestos do doente e os latidos roucos de Sky, eles levaram-no dali.
Benson ficou no hospital por pouco tempo. Quando os médicos viram que não havia nada a ser feito, mandaram-no de volta para casa, onde, pouco depois, em janeiro de 1963, ele morreu.
Após as cerimônias fúnebres, vários parentes que participavam do velório perguntaram se podiam ficar com o cachorro. A sra. Benson, que percebeu em Sky um sofrimento ainda maior do que o seu, achou isso errado e decidiu ficar com o animal.
Dez dias mais tarde, a sra. Benson olhou pela janela e viu alguém que se aproximava da casa. Ela acendeu o fogão e preparou um pouco de café fresco. Quando levantou os olhos, viu junto à porta alguém que ela reconheceu de imediato: seu falecido marido.
Coerente com as antigas tradições dos índios Goshute, ela disse, com toda calma, que ele estava morto e que não tinha mais nada que fazer neste mundo. Joe Benson assentiu e declarou:
- Já vou embora. Voltei por causa de meu cachorro.
Ele assoviou e Sky, balançando vigorosamente a cauda, entrou correndo na cozinha.
- Quero a correia dele - exclamou Benson.
Sua mulher tirou-a de um gancho na parede e entregou-a ao falecido, tomando o cuidado de não tocá-lo. Benson colocou a correia na coleira de Sky e saiu pela porta, descendo os degraus e seguindo pela trilha que serpenteava a colina.
Depois de hesitar por alguns momentos, a sra. Benson saiu correndo de casa em direção ao outro lado do morro. Não conseguiu ver Joe nem o cachorro em lugar algum.
Acontece que Arvilla Benson Urban, filha de Joe e Mable, que morava na casa ao lado, testemunhou essa estranha visita e chegou a prestar um depoimento juramentado. Ela confessou:
- Vi meu pai entrar na casa e, alguns minutos depois, sair com o cachorro preso na correia. Minha mãe saiu atrás dele e eu, depois que pude voltar a pensar coerentemente, fui atrás dela. Quando cheguei ao alto da colina, meu pai e o cachorro tinham desaparecido.
Durante os dias que se seguiram, os jovens da família procuraram o cachorro sem encontrá-lo. Parecia que Sky desaparecera, com seu amado dono, em um outro mundo.


Vou começar a publicar algumas histórias desse livro que  é muito bom, essa por acaso era uma de minhas favoritas e espero que tenham gostado...Eu voltaria por meus gatos...E você, voltaria?

Fonte: Livro dos fenômenos estranhos, Charles Berlitz 

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