Depois de passar o feriado fora, afinal, a única coisa boa do carnaval, é poder descansar um pouco; eu volto para meus amados com uma Creepy que traduzi. Espero que gostem e comentem.
Morta em vida
Quando me mudei de casa, encontrei uma caixa marcada de caneta vermelha,com o nome "Antônia". Possivelmente os antigos donos da casa a haviam esquecido. Dentro da caixa, havia um diário, que parecia ser de uma jovem; haviam algumas páginas arrancadas de livros de medicina, que falavam sobre lepra, artigos de periódicos antigos e várias fotos antigas de uma jovem bonita, de aproximadamente quinze anos; com um cabelo castanho encaracolado e grandes olhos azuis.
04 de Janeiro: Estes últimos dias me olhando no espelho, notei que tem aparecido pequenas manchas vermelhas em minha pele. Mostrei para o meu pai, e ele disse que não as vê, que possivelmente era reação alérgica a algo que eu comi.
25 de Janeiro: Eu tenho notado, que as manchas não estão desaparecendo, mas que estão se expandindo pelo meu corpo. Meu pai, se recusa a me levar no médico.
02 de Fevereiro: Me dei conta que perdi a sensibilidade, nos braços e nas pernas e que minhas manchas estão virando feridas. E meu pai nem se preocupa...
15 de Fevereiro: Estava costurando um botão, e me furei com a agulha, mas não senti dor, o que me assustou. Então a retirei e enterrei com força, para atravessar a minha mão, mas não senti. nenhuma dor. Meu pai viu tudo, e me levou para o hospital, para retirar a agulha de minha mão. Quem sabe assim, notem as feridas em meu corpo.
27 de Fevereiro: Não pude mostrar as feridas para os médicos; meu pai não deixou. Disse que eu não tinha nada. Será que ele simplesmente não se preocupa? Minhas feridas estão enormes, até acredito que tenha uma ferida em meu nariz, pois tem sido difícil respirar. Acredito que tenho lepra...Hoje não tenho forças para nada, irei me deitar.
06 de Março: Minhas sombracelhas estão caindo e deve ser por causa destas malditas feridas que tomaram todo o meu corpo. Meu dedo mindinho, da mão esquerda está negro.
17 de Março: Meu dedo caiu... Eu mostrei para o meu pai, suplicando para que me leve para o hospital. Ele apenas gritou para que o deixasse em paz. As feridas estão cada vez mais profundas, eu acredito que já chegaram no estômago pois sinto dores muito fortes. Creio que estou morrendo, mas acredito que isso seria o melhor...Tenho ouvido meu pai chorar em seu quarto, acho que ele sente falta da minha mãe...
01 de Abril: Estou a 6 dias sem dormir, minhas feridas são tão grandes, que vejo minha carne em vermelho vivo. Em meu rosto, a minha pele caí...quero morrer...não tenho força suficiente para persistir, tentarei cochilar, não quero mais sofrer.
???: Realmente não sei que dia é, estou em minha casa... A última coisa que me recordo é de ter dormido com minhas bonecas, sinto minha respiração, a dor se foi; sinto que estou vazia e que meu coração não bate. Será que isto vem depois da vida, um estado de vida, sem vida?
Faz uns dias, que senti uma coceira no braço, e quando olhei, vi que minha pele se movia, como se algo subisse por debaixo dela; com uma navalha fiz uma pequena incisão e pude ver vermes embaixo da minha pele...estão me comendo. Meu corpo cheira mal, estou apodrecendo, estou vivendo a morte lentamente. As vezes vejo meu pai me olhando estranho, sem falar nada. Ele traz comida em meu quarto, mas não como, já que estou morta. Comecei a pensar que é uma anjo que tomou a forma de meu pai, me acompanhando, enquanto me desprendo do meu corpo inútil, para levar -me ao paraíso, junto com minha mãe.
Ao acabar de ler o diário, peguei os periódicos que estavam na caixa, ler eles, me deram calafrios...Se referiam a morte de uma jovem, chamada Antônia, por inanição com múltiplos cortes auto-infligidos e marca de suas próprias unhas em seu corpo, como se tivesse necessidade de rasgar-se. Falei com seu pai, que ao investigar o caso, chegou a conclusão que a jovem padecia de uma enfermidade chamada "Síndrome de Cotard", mais conhecida como "Mortos Viventes". Ela faz com que os afetados acreditem ter uma doença terminal e que estão morrendo...Quando não acreditam já estarem mortos.
Nota: Também conhecida por "Delírio de Cotard, Síndrome do cadáver ambulante, delírio nihilista ou delírio da negação", é um transtorno psicológico em que a pessoa acredita estar morta. Não reage as pessoas ao seu redor e nem a estímulos. A pessoa também pode acreditar que está podre ou está apodrecendo. Foi o neurologista Jules Cotard que descobriu a doença em 1880.
Fonte: Creepypastas.com
Te indiquei para participar da Campanha de incentivo à leitura. Mais informações no link http://medosensitivo.blogspot.com.br/2013/02/campanha-de-incentivo-leitura.html
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