Olá, Mortais
e imortais sejam bem vindos ao Limbo "um lugar fora dos limites do Céu,
onde se vive a plena felicidade natural, mas privado da visão beatífica de
Deus" (meu paraíso particular uhuhu *.*)
Nessa época
natalina onde a falsidade rola solta, quero deixar um breve aviso antes de iniciar
minha creepy natalina, que é um conto escrito pelo meu amado Adriano Siqueira.
Todo dia é
dia de ganhar presentes, de dizer que ama um ente querido, dar um abraço em alguém que
se ama. Não se liguem a uma única data para fazer pequenos gestos, que fazem
toda a diferença ;)
Local: Mata
Atlântica.
Reinaldo e
seu amigo Fabio trabalham como ecofisiologistas. Este trabalho esta diretamente
ligado à pesquisa para compreender os fenômenos da natureza. Neste caso, as
arvores da Mata Atlântica... Mais especificamente a Jatobá. Em 2000 eles
formaram juntos com o EUA uma fundação para proteger e estudar as arvores. Eles
estavam ali para verificar uma denuncia... Estavam preocupados. Estas arvores
são ecologicamente essenciais. Elas ajudam nas suas funções ecológicas na fase
final de formação da floresta.
Quando eles
chegam ao local ficam completamente paralisados. Finalmente Reinaldo retira o
celular do bolso e diz:
— Está
confirmado! Mais de cinquenta arvores sumiram!
Fabio, ainda
atônito fala com Reinaldo.
— Se a denuncia for completamente verdadeira
essas arvores não foram derrubadas para fazer moveis material de esporte... Mas
sim...
Reinaldo
interrope...
— Isso mesmo Fabio... Foram usadas para
produção em longa escala de estacas para matar vampiros!
— Mas isso é lenda!
— Olhe a sua volta... Lenda ou não as arvores
sumiram!
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Local: São
Paulo
Roberto mora
com a filha Katrin de 18 anos. Enquanto ela desmontava a arvore de natal ele
estava assistindo ao noticiário das oito. A repórter dizia claramente sobre as
arvores desaparecidas.
— E conforme o nosso contato, as arvores
sumiram faz mais de um mês! Elas tinham mais de 100 anos e foram transformadas
em simples estacas de madeira para, acreditem se quiser... Matar vampiros!
Katrin olhou
para seu pai e disse:
— Vampiros? Pai... Que tipo de gente
derrubariam árvores para fazer isso?
— Esse mundo é insano Katrin.
Roberto sai
da sala e vai até o seu quarto. Pega o baú que estava em cima do guarda—roupa e
dentro dele... Uma estaca de madeira ainda com sangue... Ele escuta a janela da
sala se quebrar. Ele se assusta e deixa a estaca cair e logo em seguida ouve o
grito de sua filha. Ele pega a estaca e corre, mas já era tarde...
Ela foi
levada...
Levou duas
noites para que Roberto desmaiasse devido a exaustão e procurar a sua filha. Na
terceira noite um vulto aparece em frente à janela quebrada.
Roberto
estava segurando a estaca com as duas mãos. Um vento frio atravessava a janela
e e poucos segundos sua estaca desaparece e ele é lançado para a parede da sala
como se fosse atropelado por um caminhão... Roberto estava quase inconsciente
quando o agressor o carregou e o amarrou em uma cadeira.
Ele quebrou
algumas costelas e sua cabeça sangrava.
— Acorde rapaz... Dizia aquele ser que mal
aparecia no escuro... Uma manta preta cobria o seu corpo forte e media quase
dois metros de altura. Sua voz multiplicava pelos cantos da sala. — A noite
ainda não acabou...
— Q-quem é você!
— Alguém que perdeu alguém por causa disso...
Ele coloca no
colo do Roberto a estaca...
— Como foi mesmo que fez... Ah... Sim! Você e
mais quatro amigos viram um anuncio de como ganhar dinheiro fácil. Ganharam as
estacas com uma lista de endereços. Nem perguntaram... Entraram de dia no
apartamento dela abriram caixão, matelaram a estaca profundamente até
atravessar o caixão... Enfiaram espinhos por todo o corpo. Logo em seguida
cortaram a sua cabeça e colocaram nos seus pés. Ainda não suficiente... Jogaram
gasolina por todo o corpo levaram para a varanda e tocaram fogo.
Roberto
estava perdendo os sentidos quando ele segurou seu cabelo e levantou a sua
cabeça. – Preste atenção.
Ele retira
uma câmera do bolso e mostra através do visor de cristal liquido quatro homens
com estacas enfiadas em suas bocas e logo em seguida eles são queimados.
Roberto
estava desesperado... Eram seus amigos. Mortos por aquele vampiro que estava na
sua frente...
— Minha filha... Por favor, ela não tem culpa.
— Cale-se! Como pode pedir piedade depois do
que fez? Nem ao menos se peguntou sobre essas estacas... Quantas dessas estão
por ai? De onde vieram? Quantas da minha gente foram destruídas? Não importa!
Ela era especial para mim.
O Vampiro foi
até a janela e olhou para a lua.
— Todo o natal a gente se encontrava para falar
sobre o que aconteceu no ano. Era sagrado. Dá para acreditar? Vampiros se
encontrando no natal... Mas eu gostava pois ela aparecia sempre de vermelho.
Era a nossa noite especial e eu aproveitava pois sabia que só a veria no
natal... assim ela queria. Assim eu gostava. Mas ela não apareceu neste natal e
quando eu a procurei achei seu corpo queimado... Vocês mataram uma vampira que
jamais tocou em um humano. Ela sempre dava um jeito de conseguir seu alimento e
pagava por ele. Tínhamos uma empresa onde existem pessoas que doam o alimento
para nos em troca de dinheiro e compramos. Assim fizemos por muito tempo até
você acabar com tudo. Minha sede não era mais saciada por aquele sangue
comprado... Eu queria diretamente da fonte... Posso dizer que me deixou mais
forte e me devolveu o prazer da conquista pelo alimento e por esse motivo eu
agradeço por me devolver esta vontade de devorar cada gota diretamente da
carne.
— Mate-me! Leve tudo... Apenas traga a minha
filha...
O vampiro dá
um sorisso.
— Oh... Mas eu não posso fazer isso... Matar
você tiraria o meu prazer de vê—lo sofrer.
Novamente o
vampiro mostra um outro filme.
Roberto
arregala os olhos quando vê a sua filha na tela... No chão...Desfalecida...
Cheia de sangue... Abrindo lentamente os olhos ela sorri... Seus dentes... Meu
Deus...
— Argh! Eu odeio essa mania que os humanos tem
de chamar divindades nestas horas! Que importa... Ela está voltando! Oh... Sim!
— Sua filha logo estará aqui! Assim poderei
assistir bem de perto ela degustar a sua primeira refeição.
— Pois é... O
natal está indo embora, mas os presentes duram para sempre.
— Ela vira de
vermelho e sempre nos encontraremos no natal!
Ameeeeeiiiiiii!
ResponderExcluirQuando escolhi o nome "O Limbo", pensei nessa definição..
ResponderExcluirEu também gosto dela é fodona.
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