Bem, aproveitei meu imenso bom humor para escrever. E hoje,
embalada pelo meu amado Ataraxia, que eu volto a escrever sobre um assunto que
foi meio esquecido aqui no blog. Hoje escrevo sobre o Vampiro de Londres.
John George Haigh, nascido 1910, foi o chamado Vampiro de
Londres. Haigh nasceu numa família de
irmão Plymouth (grupo protestante fundamentalista). Seus pais pais sempre lhe
passaram uma forte imagem de Cristo na cruz, sangrando, para enfatizar o poder
salvador do sangue. Também dizia que sua mãe acreditava em sonhos proféticos.
Haigh saiu dos Irmão Plymouth e entrou para a igreja da
Inglaterra, mas já estava marcado pela crença. Em determinado momento chegou
até mesmo a beber a própria urina acreditando ser uma “revelação” baseada em sua
interpretação de uma passagem bíblica vinda de Provérbios 5:15 (Bebe a água da
tua própria cisterna, e das correntes do teu poço) e o Evangelho de São João
7:38 (Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de
água viva).
Além das equivocadas visões da bíblia, Haigh tinha sempre o
mesmo sonho, onde ele via uma floresta de cruzes que se transformavam em
árvores pingando sangue. Em uma dessas árvores, havia um homem coletando sangue
e o homem sempre lhe oferecia sangue em uma tigela, para que ele bebesse. Mas
ele sempre acordava antes de poder beber do sangue (mas que porra!). Ele então
começou a acreditar que para recuperar a vitalidade tinha que tomar sangue.
Haigh montou então um laboratório em sua casa, onde atraia suas
vítimas drenava seu sangue; e dissolvia seus corpos em ácido sulfúrico.
Ficou até mesmo conhecido como “Acid Bath Killer” (ótimo pseudo!). Mas foi
detido ao tentar penhorar um casaco de pele, de uma vítima já idosa. Ele estava
realmente convencido que não seria acusado sem um corpo para comprovar a morte.
Mas em sua casa foram encontradas partes do corpo que o ácido não dissolveu,
como os dentes de uma vítima.
No julgamento ele assumiu nove assassinatos, mas disse que
eram atos religiosos, e que precisava do sangue para alcançar a vida eterna.
Haigh foi condenado e enforcado em 1949. Deixou suas roupas, o que garantiu que
seu modelo ficasse exposto durante um tempo no Museu de Cera de Madame Tussaud.
O curioso é que quando comecei esta postagem, tive a
impressão que já conhecia a história. E me lembrei de um livro muito antigo que
comprei em um sebo a sete anos atrás, e nele tem o texto de confissãode John
Haigh antes de ser enforcado, onde ele conta detalhes sórdidos de seus
assassinatos e sua sede de sangue.Ele conta desde como falsificava cheques para
se safar dos crimes, até o fato de não haver sabão e água quente na prisão para
lavar várias vezes ao dia suas mãos, pelas quais guardava uma espécie de
fetiche. Dei uma olhada na net para ver se encontrava um pdf, para ser passado
para a galera, se eu não encontrar eu tento transcrever, pois é muito boa essa
narrativa (se alguém encontrar me avise também ok??^^ Ficarei muito grata^^).
Sintam um pouco:
“O sangue era, na maior parte das vezes, o motivo dos meus
sonhos. Estes exerciam um papel fascinante e terrível em minha existência. E eu
ainda não conhecia o sabor do sangue. Uma pura casualidade fez com que eu
degustasse, e desde então não pude esquecê –lo. ‘’
Como tá velhinho meu livro... |
Por enquanto eu fico por aqui minha gente....mas logo eu
voltarei...
Realmente esse cara é demente.
ResponderExcluirEle achava que era movido por Deus....afff
Excluir(Bebe a água da tua própria cisterna, e das correntes do teu poço)Que belo interprete era ele ¬¬"...Adoraria ler esta carta, na integra.
ResponderExcluirPosso providenciar isso!
ExcluirThanks chefinha ;)
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